Autocompaixão: por que é mais fácil perdoar o mundo do que a si mesmo?
- José Luis das Chagas

- há 3 dias
- 2 min de leitura
Olá, querido leitor, e leitora, muito bom ver você por aqui novamente. Hoje vamos falar um pouco sobre autocompaixão, isso mesmo, a compaixão que temos ou deveríamos ter para conosco.
Vamos primeiramente definir a compaixão, sendo um sentimento de empatia e piedade pelo sofrimento do outro, acompanhamento de um desejo muito forte de ajudar a aliviar essa dor. Vejam como esta definição nos dá clareza do que é a compaixão e aposto que você já sentiu em algum momento ou em alguns casos sente o tempo todo.
A grande verdade é que a compaixão foi um sentimento que nosso cérebro criou como estratégia evolutiva, para garantir a sobrevivência dos iguais a nós, humanos. Pois é, pensem há milhares de anos atrás, quando vivíamos em cavernas, em florestas e precisávamos sobreviver a tantos e tantos perigos que existiam. Nós somos seres inteligentes, mas não tão fortes quanto a diversos animais na natureza e está aí o X da questão.
Para que nossa espécie sobrevivesse foi fundamental desenvolvermos a compaixão como estratégia evolutiva, uma vez que ao identificamos que o outro estava em perigo, nosso cérebro, assim como hoje, dispara este sentimento para que possamos gerar também um comportamento de ajuda, de apoio e acolhimento.
Mas vejam bem, a compaixão foi desenvolvida para sentirmos pelo outro, não por nós mesmos. É isso mesmo, não é natural sentirmos compaixão para conosco, mas isso não quer dizer que não possamos exercitar.
Então, quero sugerir um exercício simples para você hoje. Quando você estiver passando por alguma situação desconfortável, difícil e que você não consegue se acolher e em alguns casos até fica se depreciando ou se cobrando em demasia, peço que faça a seguinte pergunta para si:
-O que eu diria para o meu melhor (a) amigo (a), se ele (a) estivesse passando pela mesma coisa que eu?
Faz o teste aí, você vai perceber que essa pergunta vai direcionar a sua cognição para trazer pensamentos mais empáticos, mais gentis e com mais compaixão para com você.
E para quem faz terapia cognitiva, sabe que todo pensamento vai gerar uma emoção e toda emoção gera um comportamento. Então quanto mais você tiver autocompaixão, menos sensações ruins você terá no seu corpo, menos intoxicação você estará gerando e como consequência também terá um comportamento mais adaptado, ou seja, com menos sofrimento.
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Referências:
NEFF, Kristin; GERMER, Christopher. Coautores que desenvolveram programas de treinamento baseados em mindfulness e autocompaixão (Mindful Self-Compassion - MSC).
Autocompaixão: Pare de se torturar e deixe a insegurança para trás (Título original em inglês: Self-Compassion: Stop Beating Yourself Up and Leave Insecurity Behind). Editora: Lúcida Letra.





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